A famosa Cabernet Sauvignon surgiu depois, através de um clone entre a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc. Hoje em dia, a Cabernet Franc é vista como uma uva secundária que entra no corte bordalês e que se presta apenas para dar volume, cor e alguns aromas mais escuros e velhos. Ela não possui a potência e a agressividade da Cabernet Sauvignon, nem a elegância da Merlot, mas ela é deliciosamente redonda e suave com aromas defumados, terrosos e de frutas como framboesa e groselha preta.
Em linhas gerais, os aromas primários mais encontrados são: frutas vermelhas (cassis, framboesa), frutas pretas (ameixa, groselha), florais (violeta), especiarias (orégano, chá verde) outros (folhas secas, terra, chão de terra, funghi seco, tabacco, madeira velha). Com o tempo de guarda, os melhores vinhos podem apresentar: amadeirados (cedrinho, caixa de charutos), animal (couro velho, suor), outros (frutas passadas, ervas, especiarias).
Na boca, a Cabernet Franc é menos ácida e tânica do que a Cabernet Sauvignon. Seus vinhos são mais redondos, quase lembrando um Merlot. Possui boa estrutura, intensidade, complexidade mediana e apresenta-se marcante, apesar de seu corpo ser médio (na maioria das vezes). A passagem por madeira é bem vinda desde que não destrua sua delicadeza, como uma Pinot Noir.
Ela pode originar alguns vinhos prontos para o consumo logo que são engarrafados. Mas os melhores precisam de alguns anos para evoluir. Os vinhos jovens devem ser consumidos até 05 anos. Os vinhos de guarda seguem a seguinte linha: de 05 a 10 anos (Loire e Itália), de 07 a 20 anos (Bordeaux).
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